Pense em algo sem o qual você sente que não pode viver. Algo que te deixa inquieto(a) sempre que está ausente — uma necessidade ou desejo que retorna com força quando lembrado. Talvez você tenha pensado em dinheiro, ou em algo vital como comida ou água. Essas necessidades nos movem, nos fazem agir: preparar uma refeição, pedir pelo aplicativo, comprar uma garrafinha no trânsito. Até mesmo nossa relação com o trabalho, muitas vezes, está ligada ao desejo de alcançar segurança financeira, seja por sobrevivência ou por sonhos maiores.
A Liberdade de Não Precisar
Agora reflita: como seria sua vida se você não tivesse mais esse tipo de inquietação? Se não precisasse correr atrás de dinheiro, reconhecimento, beleza ou status? Essa liberdade nos abriria tempo e espaço para viver com mais leveza, aproveitando a vida como ela é — e não apenas como um projeto de conquista contínua.
A verdade é que essas coisas nos trazem apenas saciedade momentânea. Logo, a fome volta. A sede retorna. A insegurança reaparece. Como a própria Escritura já alerta:
“…insaciáveis são os olhos do homem.” — Provérbios 27:20b
Desejos Insaciáveis e a Busca por Preenchimento
Essa insatisfação constante pode se manifestar em várias áreas: dependências emocionais, vícios, relacionamentos instáveis, consumismo. E diante dessa realidade repetitiva e angustiante, a resposta de Jesus é direta e restauradora.
Jesus e a Sede da Alma
Em João 4, ao encontrar a mulher samaritana junto ao poço, Jesus oferece algo muito além da água comum:
“…mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede…” — João 4:14
Ela buscava saciedade nos relacionamentos, mas nenhum homem a completava. Jesus mostra que o esforço para preencher esse vazio com meios terrenos sempre será em vão. Apenas Ele pode preencher a sede da alma.
O Pão da Vida que Sacia Definitivamente
Em outro momento, após a multiplicação dos pães, Jesus ensina ao povo que o seguia por comida:
“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim jamais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.” — João 6:35
Esse é o convite à saciedade verdadeira: viver com Jesus como fonte. Quando Ele é nosso sustento, tudo muda. Não dependemos mais de conquistas externas para sentirmos paz. Encontramos paz interior com Deus, mesmo quando as circunstâncias ao redor não são ideais.
O Senhor é Meu Pastor: De Nada Terei Falta
O Salmo 23 resume com perfeição essa plenitude:
“O SENHOR é o meu pastor; de nada terei falta.” — Salmo 23:1
Quando Deus é o dono da nossa vida, não nos falta o essencial. Isso não significa ausência de lutas, mas sim presença de plenitude. A escassez pode até bater à porta, mas a alma permanece saciada.
A Plenitude que Vem de Deus
Longe de propor uma visão distorcida do evangelho — como se fosse uma garantia de riqueza ou ausência total de dificuldades — a Bíblia afirma com clareza:
“Fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos mendigando o pão.” — Salmo 37:25
Mesmo nos momentos mais difíceis, Deus supre nossas necessidades. Ele nos acalma, nos preenche, e nos livra da obsessão por resultados imediatos. Nele, encontramos a Paz que excede todo entendimento.
Que possamos cessar as buscas por uma saciedade artificial e nos render Àquele que é a fonte de vida, que lança fora todo medo e traz descanso para a alma cansada.


Uma resposta
Diria q a falta que o coração sente é a falta da presença e companhia do nosso Senhor. Penso que sempre que tenho falta, sinto falta, de algo é pq não estou saciado nele e por conta disso meu corpo busca outras coisas. Entendo tmb que se a falta que sinto vem da falta da companhia, logo o Senhor que está em todo lugar em todo tempo está disponível para eu ter acesso a companhia dele. Como trás no salmos 23:1 “de nada terei falta”, pq em tudo ele completou e pleno sinto em companhia e comunhão c Ele.
Para que “de nada eu tenha falta” eu tenho que estar mergulhado naquele que “é tudo em todos”.